sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Várzea americana

Me impressiona o grau de amadorismo da Indy. Muitos reclamaram da corrida em São Paulo feito às pressas anos atrás, mas correr em Baltimore com uma lombada no meio da reta foi o cúmulo!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Nervosinho (II)

Eu admiro muito Tony Stewart. É aquele tipo de piloto que nunca desiste mesmo quando tem um carro inferior e nunca podemos menospreza-lo quando está largando nas últimas posições, pois usando sua garra, Stewart pode chegar ao top-5 ou mesmo à vitória! Neste sábado à noite, Stewart mostrou também sua face agressiva. Stewart brigava com Matt Kenseth pela liderança em Bristol, quando ambos se tocaram, com o prejuízo maior ficando para o tricampeão. Kenseth continuou e quando saiu dos boxes viu essa singela cena...

domingo, 26 de agosto de 2012

Destinos cruzados

Olhando para os últimos três anos, para mim não há ninguém melhor do que Will Power na Formula Indy. O australiano da Penske tem um incrível desempenho em circuitos mistos e um exemplo é o próprio circuito de Sonoma, onde Power conseguiu três poles consecutivas. Porém, também é incrível como Power tem falta de sorte em determinados momentos do campeonato e perde vitórias até mesmo tranquilas.

Neste domingo, Power dominava de forma impressionante no circuito californiano. Will chegou a ter quase 10s de vantagem sobre o companheiro de equipe Ryan Briscoe e outros 30s para o terceiro colocado Sebastien Bourdais. Dos seus rivais no campeonato, apenas Ryan Hunter-Reay fazia uma prova razoável, enquanto Castroneves pagava pela besteira na primeira volta ao tocar justamente Scott Dixon, que se recuperava a olhos vistos. Porém, quando Bourdais se envolve num perigoso acidente com Josef Newgarden, tudo mudou. Power havia acabado de fazer um péssimo pit-stop no momento da bandeira amarela e viu Briscoe, que vinha fazendo uma campanha tão discreta em 2012 que está ameaçado dentro da Penske, assumir a ponta e não perder mais. Mesmo com o melhor carro, Power teve que se conformar com o segundo lugar e ainda enfrentou um animado Franchitti lhe fungando o cangote no final da prova.

Power aumentou sua vantagem no campeonato, mas esse vacilo em Sonoma pode ser fatal em suas chances de título, pois a última prova será no superoval de Fontana e não é segredo que Will não é muito fã deste típico tipo de circuito americano, ainda mais em uma no qual nunca correu. Porém, Power deverá ter como maior adversário outro piloto que não tem muita sorte em termos de campeonato. Após sofrer a punição pelo toque em Dixon, Castroneves ficou várias voltas preso atrás de carros bem mais lentos, mas o brasileiro teve sorte na bandeira amarela que tirou a vitória de Power e por isso manteve boas chances no título, enquanto Hunter-Reay e Dixon tiveram problemas nas últimas voltas e podem ter dado adeus ao título. Porém, o melhor brasileiro desta tarde foi Rubens Barrichello, que fez uma prova sólida e terminou em quarto, seu melhor resultado na Indy. 

Faltando apenas duas corridas para o fim da temporada, Power ainda lidera serelepe o campeonato, mas quis o destino que perdesse essa vitória para Briscoe. 

Arroz com pimenta

Ninguém discute a velocidade de Daniel Pedrosa. Desde que estreou com um segundo lugar na MotoGP em 2006, o espanhol que sempre foi apoiado pela Honda mostrava que um dia venceria a categoria principal, repetindo o estrondoso sucesso das categorias de base, onde venceu por três vezes seguidas os mundiais das 125 e das 250. Porém, o tempo passou e Pedrosa conviveu com contusões e disputas perdidas contra seus rivais. Existia a velocidade, mas faltava a agressividade, o algo mais para um verdadeira campeão e sete temporadas depois da já longuínqua estréia em Jerez e Pedrosa nunca havia brigado pelo sonhado título da MotoGP, a ponto da Honda, que sempre apostou nele desde a mais tenra idade, já procurar substitutos para ele, como o esforço que fez para trazer Casey Stoner. 

Em Brno, contra seu mais antigo rival e algoz Jorge Lorenzo, Daniel Pedrosa pode ter dado um ponto de virada em sua carreira. Os dois espanhois dispararam na largada e deixaram os demais como meros coadjuvantes, liderados por Cal Cruthlow, que conseguiu hoje seu primeiro pódio na MotoGP. A diferença entre os dois espanhois nunca foi superior a dois décimos, mas Lorenzo talvez não seja tão rápido que Pedrosa, mas tinha aquele algo a mais, aquela garra, aquele coração que faz sempre que ele derrotasse Pedrosa em várias ocasiões na carreira de ambos, que sempre andaram juntos desde os campeonatos regionais espanhois. Porém, hoje foi diferente. Pedrosa tirou aquele algo a mais. Não se importou com Lorenzo lhe fungando o cangote (quando estava na frente) ou quando lhe cortava a frente (quando estava atrás). Pedrosa tomou a coragem necessária para enfrentar Lorenzo e o derrotou numa volta final eletrizante, ganhando a corrida na República Tcheca na curva final.

De psicológico fraco, Dani Pedrosa pode ter ganho muitos pontos não apenas no campeonato, que o fez encostar de vez em Lorenzo, como também na sua carreira daqui para frente. Chamado de arroz-sem-sal ou simplesmente Medrosa, Daniel Pedrosa pode dar a virada que precisava e finalmente tentar seu quarto título mundial e primeiro na MotoGP.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Nervosinho

Os nórdicos são conhecidos pela frieza com que encaram a vida e os problemas. Com certeza, o finlandês Niklas Ajo (desclassificado nesta corrida e suspenso na próxima), não se enquadra nesse perfil...

domingo, 19 de agosto de 2012

Heróis da velocidade

Os pilotos de motovelocidade já são meio malucos pela forma como pilotam, se equilibrando a mais de 300 km/h em cima de apenas duas rodas sem nenhuma proteção. Porém, essa facilidade em se machucar fazem com que esses mesmos pilotos não temam suas quedas e machucados, indo para a pista de qualquer maneira. Neste sábado, Casey Stoner sofreu uma forte queda no perigoso circuito de Indianápolis que lhe rendeu as seguintes contusões:

O piloto da Honda lascou o osso em vários pequenos pontos, tem uma fratura de 10 mm no tálus, principal osso de conexão entre o pé e a perna, contusões na tíbia e no maléolo medial e inchaço dos tecidos moles. Ele também rompeu o músculo deltoide, localizado na região dos ombros, e os ligamentos talofibuar, calcâneo e fibular, além de uma entorse do tornozelo direito.

Se fosse comigo, com certeza passaria um mês ou mais em casa, com o pé para cima. Porém, não sou piloto de MotoGP e Stoner estava prontinho para correr neste domingo com uma pesada proteção no seu pé direito, indo para seu instrumento de trabalho à custas de muletas. Mesmo com todas as dificuldades, o australiano, que já anunciou que irá abandonar as corridas no final desta temporada, chegou em quarto lugar após brigar a corrida inteira pelo lugar mais baixo do pódio com Andrea Doviziozo. 

Foi uma prova de heroísmo de Stoner, que mesmo não sendo um dos pilotos mais simpáticos e dificilmente conquistará seu terceiro título (ainda mais com tantas contusões), mas o piloto da Honda mostrou muita força de vontade. 

Presente de aniversário

Nelsinho Piquet (ou Piket) deu uma baita presente de aniversário ao seu pai com uma vitória na Truck Series em Michigan neste sábado. Momento histórico que a Fox Sports fez o favor de não mostrar...

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

60 anos de Nelson Piquet

Cinco anos atrás, falei da carreira de Nelson Piquet em 55 tópicos em homenagem aos 55 anos do eterno tricampeão, mas de 2007 para cá aconteceram algumas coisas na vida desse carioca com alma brasiliense, mas cidadão do mundo, que vale a pena chegar aos 60 tópicos para contar a vida e carreira desse agora sexagenário senhor.

1 - O avô de Nelson Piquet, o engenheiro Gerardo Piquet Carneiro, ajudou a construir o açude do Cedro, o primeiro feito pelo DNOCS, na cidade de Quixadá-CE. Seu avô ficou tão conhecido e respeitado que uma cidade a 329 km de Fortaleza leva seu nome: Piquet Carneiro. O pai de Nelson Piquet, Estácio Souto Mayor, foi ministro da saúde de João Goulart.

2 - Nelson Piquet Souto Mayor nasceu no dia 17 de Agosto de 1952 no Rio de Janeiro. Após a fundação de Brasília, a família Piquet Souto Mayor se muda para a nova sede do governo federal. Nelson finca raízes em Brasília e mora lá até hoje.

3 - Nelson Piquet era um grande tenista em sua juventude, chegando a viajar para os Estados Unidos e ganhar uma bolsa em Atlanta para jogar lá. Porém, com 14 anos Nelson começa a disputar corridas de kart a revelia de sua família. Seu Estácio lança um desafio a Nelson. Se Nelson o vencesse numa partida de tênis, o filhão poderia fazer o que quisesse. Piquet treinou muito e venceu o pai. Começava aí trajetória de nosso campeão!

4 - Piquet faz vários cursos no SENAI para se aprimorar na mecânica. Vivendo em meio a vários mecânicos, Nelson consegue um emprego na Camber, oficina de Alex Dias Ribeiro. Piquet é campeão brasileiro de kart em 1971 e 1972. Para não ser reconhecido pela família, coloca o pseudônimo Piket em seu capacete.

5 - Em 1974 Nelson Piquet venceu uma corrida de F-Super Vê após acertar o então líder da corrida na última curva. Julio Caio de Azevedo Marques passou a corrida provocando Piquet, dando “tchauzinho” nas curvas lentas. Quando Julio Caio freou na última curva só pra zoar, Piquet lhe acertou a traseira e cruzou a linha em primeiro pela grama com uma roda em pendurada.

6 - Numa corrida extra-campeonato de F1 em Brasília, Carlos Reutemann foi reclamar de um garoto que tinha limpado seu capacete. "Garoto você não serve nem para limpar meu capacete." Nelson Piquet nunca esqueceu essa frase.

7 - Em 1976 Nelson foi assistir uma corrida de Fórmula Atlantic na Califórnia e ao ver a sensação do campeonato na época vencer mais uma disse: “ando na frente desse cara se tiver um carro igual e já que ele está de mudança para a Europa, é para lá que eu vou também". O nome dele? Gilles Villeneuve.

8 - Após vencer o Campeonato Brasileiro de F-Super Vê em 1976, Piquet é convencido por amigos a se aventurar na Europa e continuar sua vitoriosa carreira no automobilismo. Piquet não queria muito ir e nunca pensou em chegar a F1 em sua juventude. “Vou lá e pelo menos volto com um inglês melhor”, dizia ele.

9 - Seu primeiro contato com o automobilismo europeu foi num carro de F3 na Itália. E logo vira tempos competitivos. Com duas vitórias, a primeira temporada na Europa termina com Nelson conseguindo um bom terceiro lugar no certame europeu. Piquet se muda para a Inglaterra em 1978 e disputa o campeonato inglês com uma equipe própria.

10 - A grana era curta e Nelson dormia no caminhão da equipe. Para conseguir dinheiro, Piquet comprava carros usados, fazia gambiarras nesses carros e os revendia por um preço maior.

11 - Foi nesse ano que Piquet enfrentou pela primeira vez Ron Dennis. E foi o primeiro couro do inglês. Seu piloto era Chico Serra, com que Piquet criaria uma longa inimizade.

12 - Piquet é campeão britânico de F3 após obter sete vitórias consecutivas. Nelson usa todo seu conhecimento em mecânica e começa a bolar idéias que lhe dava algumas vantagens frente a seus adversários.

13 - Uma das maiores contribuições de Piquet foi o cobertor elétrico nos pneus. Porém, Piquet foi além e no tempo da F3 ele colocava seu carro dentro de um galpão aquecido e quando largava nas frias manhãs inglesas, seu carro já estava devidamente aquecido.

14 - Ainda em 1978 Piquet faz seu primeiro teste num F1. Era um McLaren M23 privado da BS Racing que fora usado por Emerson na campanha do bicampeonato. O teste fora realizado emSilverstone.

15 - “Corto o meu pescoço se ele não for campeão mundial,” de Bob Sparchott, dono da BS Racing, após o teste de Piquet em seu carro.

16 - Apenas duas semanas depois, Nelson foi chamado pela Ensign para substituir o machucado Clay Regazzoni no Grande Prêmio da Alemanha. Piquet conseguiu classificar o carro em vigésimo primeiro e abandonou na volta 33. Após a estréia na Alemanha, Piquet volta ao cockpit da McLaren-BS. O carro era antiquado e os resultados não eram muito animadores, mais condizentes ao carro que ao piloto.

17 - Antes do Grande Prêmio da Itália de 1978, Bernie Ecclestone foi até Piquet no grid e perguntou a ele se queria correr para ele. Nelson, já com o capacete colocado, falou que sim.

18 - Logo depois Piquet viu de camarote o acidente que vitimou Ronnie Peterson. Aquela seria também sua primeira corrida em que completaria na F1. Ele acaba em nono, logo atrás do seu ídolo Emerson Fittipaldi.

19 - Nelson assina um contrato de três anos com a Brabham naquela mesma noite. Ele fica admirado com o salário que ganharia. “Você vai me pagar?”, se surpreende Piquet.

20 - Bernie guarda o contrato em uma pasta e vai embora. Essa foi a única vez que Piquet viu seu primeiro contrato na F1.

21 - Piquet estréia pela Brabham no Grande Prêmio do Canadá daquele ano. E conhece um dos seus poucos amigos na F1: Niki Lauda, com quem aprenderia bastante

22 - Nelson conquista seus primeiros pontos na F1 com um quarto lugar no Grande Prêmio da Holanda de 1979. Piquet adorava o circuito de Zandvoort e sempre andou bem lá.

23 - O Brabham BT48 era rápido, mas quebrava muito. Em várias oportunidades Piquet superou Lauda na Classificação e com o austríaco cada vez mais de saco cheio da F1, ele abandonaria a categoria no final de 1979. Piquet se torna primeiro piloto da Brabham.

24 - A primeira vitória seria em Long Beach, terceira etapa do Mundial de 1980. Nelson dominou a corrida da forma como quis desde a pole (também a primeira) até a bandeirada.

25 - Esta foi a única vez que Piquet compartilhou um pódio com Emerson Fittipaldi. Foi o último pódio do antigo campeão.

26 - O detalhe era que Piquet odiava circuitos de rua. Ele dizia que pilotar em Mônaco era como andar de bicicleta na sala de casa. Porém isso não foi motivo para que Piquet andasse mal em circuitos urbanos. Ele venceria também o Grande Prêmio de Detroit de 1984.

27 - Ele também foi pole no Grande Prêmio de Mônaco de 1981 e segundo colocado em 1983 e 1987. Por coincidência, foi campeão em todas essas oportunidades.

28 - Em seu segundo campeonato completo de F1, Piquet é vice-campeão depois de ser jogado para fora da pista pelo campeão Alan Jones na primeira largada do Grande Prêmio do Canadá. Na segunda largada, um mecânico da Brabham não percebe que o carro reserva estava com o motor de Classificação. O resultado disso? Piquet dispara na largada, mas abandona poucas voltas depois com o motor quebrado. E havia mais uma vaga na equipe Brabham...

29 - Treino livre de sábado do Grande Prêmio de Mônaco de 1981. Todos os pilotos em seus carros, menos... Piquet! Bernie Ecclestone, dono da Brabham, fica desesperado e liga para o hotel. “Nelson, o que houve? O treino já começou!”. Piquet responde com voz de sono. “Sabe o que é? A princesa Bernie. É a princesa...Você não quer que eu a deixe na mão né?” Bernie ficou uma arara, mas aceitou a desculpa. No final do dia ficou Piquet com a pole!

30 - O carro da Brabham era construído de forma que o piloto ficava muito desconfortável dentro do cockpit e Piquet precisava sempre de massagens depois das provas. Na decisão do campeonato de 1981, Piquet sofreu muito com o circuito anti-horário de Las Vegas e o brasileiro bateu no centro médico. Reutemann ia de vez em quando lá para saber da situação do rival. Piquet pediu ao médico para dizer ao argentino que não poderia correr. Piquet correu no sacrifício e venceu seu primeiro título mundial e no final da corrida teve de ser carregado do carro.

31 - Após derrotar Reutemann em 1981, Piquet virou para o argentino e tascou: "Para limpar seu capacete eu não sirvo, mas talvez você possa limpar o meu que é de Campeão Mundial."

32 - Em 1982 Piquet vence o Grande Prêmio do Brasil. Ou pensou que venceu. Numa briga política Piquet tem seu primeiro triunfo em solo brasileiro retirado, mesmo tendo desmaiado no pódio. Piquet venceria a corrida em Jacarepaguá, desta vez pra valer, no ano seguinte e repetiria o feito em 1986. Após o tricampeonato, o circuito de Jacarepaguá se chamaria Autódromo Nelson Piquet.

33 - Durante o Grande Prêmio da Alemanha de 1982, Piquet tinha 27s da vantagem em cima do segundo colocado Tambay quando foi tirado da pista pelo retardatário Eliseo Salazar. Piquet ficou louco da vida e encheu o chileno de porrada numa cena clássica da F1. Depois da corrida os comissários foram pegar os pilotos que tinham abandonado a corrida mais cedo com uma van e Piquet resolveu pegar uma carona. O brasileiro dá de cara com o Salazar e não pensa duas vezes. Expulsa o chileno e também o motorista da van! Piquet chegou aos boxes dirigindo a van, enquanto Salazar e o motorista voltaram a pé...

34 - Durante o Grande Prêmio da Itália de 1983, Nelson estava tirando uma de suas sobreviseiras quando o vento a mais de 300 km/h levou sua luva direita embora. Ele poderia ser desclassificado se fosse descoberto, mas ele tentou esconder a mão nua e quando ele venceu a corrida, deu de presente a um fiscal a outra luva.

35 - Piquet “venceu” várias vezes o prêmio limão de atleta mais antipático. Quando estava prestes a vencer o seu segundo título, soltou essa: “Se eu vencer, vai ser bom. Se eu não vencer, também vai ser bom. Pois pelo menos não vou enfrentar aquela multidão de jornalista.”

36 - Antes da Classificação do GP da Áustria de 1984, Piquet pede para Gordon Murray tirar a primeira, segunda e terceira marchas. Como o autódromo era de altíssima velocidade e se usava apenas as marchas altas, Piquet se aproveitou do carro mais leve e ficou com a pole. Murray não entendeu como ele conseguia colocar o carro em funcionamento. “Pô cara, foi a primeira coisa que eu fiz hoje de manhã foi sair de quarta para saber se dava.”, retrucou Piquet.

37 - Em 1985, Nelson estimulou uma aposta de 10.000 dólares entre Ron Dennis, dono da McLaren, e Bernie Ecclestone, então chefe da Brabham. Denis garantia que iria roubar o piloto da Brabham. Ambos desconheciam, no entanto que o brasileiro já havia assinado contrato com a Williams.

38 - Na despedida da Brabham no Grande Prêmio da Austrália de 1985, Piquet teve uma idéia meio maluca. Após a corrida, o box da Brabham foi fechado e a torcida gritava o nome de Piquet. Então a porta do box foi aberta e todos estavam com as calças arriadas e de costas para o público.

39 - Piquet nunca esperou que Mansell, que chamava de panaca antes de dividirem o mesmo box, fosse ser tão rápido em seus tempos de Williams. É difícil de admitir, mas Mansell estava mais rápido que Piquet e assim o brasileiro passou a usar da malandragem para desestabilizar o inglês. Uma das frases célebres foi dizer que a mulher de Mansell era a mais feia do paddock. Mesmo com o acidente na Tamburello em 1987, que o deixou desnorteado, Piquet garantiu o tricampeonato com a metade de vitórias do inglês e definiu muito bem sua vitória sobre Mansell. “Foi a vitória da inteligência sobre a burrice.”

40 - Quando Senna surgiu como um foguete na F1 a torcida brasileira ficou dividida em Piquetistas e Sennistas. Era uma torcida fiel aos seus pilotos. Assim como rivais. Senna e Piquet pararam de ser falar no final de 1983 quando Piquet teria vetado Senna na Brabham, coisa que Nelson nega até hoje. A coisa ficou feia quando Senna provocou Piquet no início de 1988, dizendo que ninguém gostava dele. Piquet respondeu ao seu estilo. “O problema é que ele não gosta de mulher.” A coisa quase bate na justiça, mas a relação azedou de vez. Porém, a parte boa dessa rivalidade foi a briga dos dois no Grande Prêmio da Hungria de 1986. A ultrapassagem de Piquet sobre Senna entrou para a história. Apesar de já ter visto a ultrapassagem centenas de vezes, nunca vi os gestos que Piquet fez para Senna. Se fez ou não os gestos, Piquet traduziu o que ele quis dizer: “Mandei ele tomar no cú!”

41 - Piquet nunca se deu muito bem com a Ferrari. Dizia que a equipe italiana pagava mal, esculhambou o carro da Ferrari na morte de Villeneuve e disse que Enzo Ferrari estava gagá. Durante o Grande Prêmio de San Marino de 1988, os tifosi colocaram uma faixa enorme bem em frente aos boxes com os dizeres: “Piquet, a Tamburello te espera!”

42 - Seu maior erro foi ter ido para a Lotus. A equipe estava em decadência e nem os motores da Honda permitiram uma melhor temporada para Piquet. Porém, Nelson não deve ter se arrependido muito. Piquet ganhou rios de dinheiro nos seus dois anos de equipe e pode financiar a construção do seu famoso iate Pilar Rossi.

43 - Quando foi para a Benetton, Nelson fez um acordo interessante com Flavio Briatore. Fora o salário, ganharia 180.000 dólares por ponto. Briatore apostava que Piquet estava desmotivado e não queria mais nada com a F1. Piquet ganhou mais dinheiro na Benetton do que na Williams na época do tricampeonato.

44 - Na corrida de número 500 da F1, o Grande Prêmio da Austrália de 1990, Piquet colocou seu nome definitvamente na história da categoria ao dar um drible em Mansell na última volta vencer a corrida.

45 - A última vitória de Piquet teve como maior vítima Nigel Mansell. Muito atrás do inglês, Piquet já estava conformado com o segundo lugar quando Mansell aprontou uma das suas. Tão emocionado com a vitória, Mansell passou a acenar para o público canadense na última volta. Tão emocionado que deixou seu carro morrer. Piquet venceu e não perdoou Mansell. "Quase tive um orgasmo quando passei por ele."

46 - O último companheiro de equipe de Nelson Piquet foi um tal de Michael Schumacher, que estreava na F1. A Benetton tinha tão somente dez títulos em seu box!

47 - Após sair da F1 em 1991, Piquet foi correr as 500 Milhas de Indianápolis. Sempre muito veloz nos treinos diários em Indianápolis, ele disse que era muito rápido para a categoria. O resultado foi o maior acidente da sua carreira, onde destruiu seus pés. Com muita sorte, ele conseguiu que seus pés não fossem amputados e no ano seguinte ele voltaria a Indianápolis. Ele abandonaria ainda no começo da corrida e também o sonho de vencer as 500 Milhas.

48 - No dia da morte de Senna, Piquet estava em Florianópolis acompanhando Nelsinho num campeonato de kart. Quando foi informado da morte do rival, Piquet foi para um local reservado e começou a chorar. No dia seguinte, deu uma das melhoras entrevistas do programa Roda Viva, donde explicou a possível causa da morte de Senna. E acertou quase tudo!

49 - Graças aos seus contatos com a BMW, Piquet disputou as 24 Horas de Mans à bordo do legendário McLaren GTR, mas nunca conseguiu a vitória. Piquet traria o carro para o Brasil e faria duas corridas em Brasília e Coritiba.

50 - No começo da carreira de Barrichello, Piquet era um dos maiores incentivadores. Mas com o tempo Piquet começou a criticar a forma como Rubinho encaminhava sua carreira e logo depois eles passaram a ser desafetos declarados.

51 - Os laços de Piquet com o Ceará permaneceram com o apoio do tricampeão ao Esprom, um protótipo fabricado e projetado no Ceará por Pedro Virgínio, cujo filho eu estudei nos tempos de Unifor. Piquet participou da re-inauguração do autódromo do Eusébio no final de 1997 com um protótipo BMW lindo e venceu a corrida. Me lembro que ele passava a marcha no mesmo local em toda volta. Nunca me esquecerei disso!

52 - Piquet teve sete filhos com quatro mulheres diferentes. Três seguem os passos do pai. Nelsinho é uma das maiores esperanças brasileiras na F1 e deve estrear na categoria no próximo ano. O detalhe é que Nelsinho é muito amigo de Bruno Senna, sobrinho do rival Ayrton. Geraldo, o mais velho, corre com algum sucesso na F-Truck. O caçula Pedro começou a dar os primeiros passos no kart e já venceu uma Copa Brasil.

53 - O que Piquet achava dos seus contemporâneos? “Como posso ser amigo do Prost? Um tipo cheio de frescura. Ou do babaca do Patrick Tambay? Com René Arnoux não dava nem para conversar, era um panacão QI 12, eu acho. Já Keke Rosberg era muito confuso. Imagine anunciar no meio da temporada que ia deixar de correr. Isso é coisa de cantor. O problema do Gilles Villeneuve era o capacete. Usava um de número menor e saía fazendo merda. O Lauda é legal.” Apesar disso, Piquet e Prost são amigos até hoje. Dos outros, não dá para dizer muita coisa...

54 - Hoje Nelson é dono da Autotrac, uma empresa que é especializada em monitoramento de caminhões. Dizem que Piquet já ganhou mais dinheiro com sua empresa do que nos anos de F1. Nelson também é dono de vários negócios pelo país e vive uma aposentadoria feliz. Sua última corrida foi as Mil Milhas brasileiras de 2006 onde correu num Aston Matin GT ao lado de Helio Castroneves, Christoph Boucht e seu filho Nelsinho. Resultado? Vitória! Piquet anunciou que nunca mais iria participar de uma corrida. Alguém acredita?

55 - A última de Piquet foi ter sua carteira de motorista cassada por várias infrações. Para ter sua carteira de volta, Piquet teve que fazer uma escolinha do Detran e sua foto sentado na cadeira de aula rodou o mundo.

56 – Após anos de altíssimo investimento do seu pai, Nelsinho Piquet chegou à F1 em 2008 debaixo de muita expectativa, correndo ao lado de Fernando Alonso na Renault de Flavio Briatore. Acostumado a ter em mãos o melhor equipamento à disposição e ter uma equipe funcionando inteiramente em torno de si, Nelsinho teve um ano de estréia abaixo das expectativas, mesmo tendo conquistado um pódio ocasional em Hockenheim. Após muita negociação entre Briatore e Nelson Piquet, Nelsinho permaneceria na Renault em 2009. Mas Nelsinho também ficaria para a história da F1 ao protagonizar um dos maiores escândalos que já se ouviu no esporte a motor.

57 – A Renault errou a mão mais uma vez e 2009 seria um ano ainda pior para Nelsinho, que cometia erros a roldão. Sua demissão era anunciada a cada Grande Prêmio e em Hungaroring, no meio da confusão pelo acidente grave de Felipe Massa,  finalmente é tornado público que Nelsinho estava demitido da Renault. As atuações do brasileiro davam razão a decisão, mas Nelson Piquet tinha um ás na manga. Ao contrário de 2008, Piquet acompanhou praticamente todas as provas do filho em 2009 enquanto negociava com Briatore a situação de Nelsinho. Foi na Hungria que Nelson Piquet confidenciou ao jornalista Reginaldo Leme o que tinha acontecido em Cingapura/2008.

58 – Durante a transmissão global da corrida seguinte, em Spa, Reginaldo Leme revelou ao mundo que estava acontecendo uma investigação da FIA sobre uma denúncia feita por Nelson Piquet de que Briatore havia mandado Nelsinho bater durante a prova de Cingapura e assim provocar um safety-car, ajudando Fernando Alonso a vencer a prova. O mundo ficou chocado e inicialmente Briatore entrou com um processo contra a família Piquet. Porém, a investigação se mostrou verdadeira e Briatore, juntamente com Pat Symons, foi banido da F1 e a Renault acabou com sua equipe, enquanto Alonso iria para a Ferrari.

59 – Pela ‘delação premiada’, Nelsinho Piquet não foi punido pela FIA pelo o que seria chamado de ‘Crashgate’. Porém, a própria F1 puniu o brasileiro quando ele saiu pelas portas do fundo da categoria, onde muitos esperavam que Nelsinho repetisse o mesmo que Damon Hill e repetisse os feitos do pai e ter se tornado campeão mundial. Ironia das ironias, hoje Nelsinho corre nos Estados Unidos, cujo automobilismo Nelson criticou acidamente no auge da Indy, dizendo que era uma categoria de aposentados. Correndo na Nascar, Nelsinho tenta recuperar sua carreira, enquanto Geraldo Piquet continua como um dos principais pilotos da F-Truck, Pedro Estácio continua despontando no kart e Lazlo corre de Supermoto na Europa. (Atualização: Pedro Piquet foi bicampeão da F3 Brasil e se mudou em 2016 para a Europa, mas até o momento Pedro está longe de ser sombra... de Nelsinho!)

60 – O episódio com Nelsinho Piquet fez com que a distancia entre Nelson Piquet e a F1 crescesse ainda mais. Na bonita festa dos 60 anos da F1 no Bahrein em 2010, Piquet e Raikkonen fora os únicos campeões vivos a não irem ao Oriente Médio. Milionário com seu negócio de rastreamento de cargas, Nelson Piquet hoje vive sua nova paixão no antigomobilismo e nos passeios de moto. Contudo, Nelson Piquet voltou ao paddock da F1 durante o Grande Prêmio do Brasil de 2011 quando a organização da corrida teve a ótima idéia de homenagear os trinta anos do primeiro título de Piquet e o fez andar no seu Brabham BT49 original. Todo o clã Piquet esteve presente, mas Nelson não podia fazer isso sem sua irreverência. O Campeonato Brasileiro de futebol estava sendo decidido entre Vasco (time de coração de Piquet) e Corinthians e naquele domingo ocorria a penúltima rodada do certame. Pois em plena São Paulo, Piquet sacou uma bandeira do Vasco e completou a volta rindo de felicidade. Coisas de Piquet...  

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A cabeçada de Mansell

Zeltweg, em seu modo tradicional, recebeu pela última vez a F1 vinte e cinco anos atrás com um final de semana cheio de episódios curiosos. Na sexta-feira, Stefan Johansson sofreu um acidente perigoso quando atropelou um veado (animal...) e destruiu sua McLaren. O estreito traçado austríaco fez com que fossem realizadas três largadas após dois acidentes na luz verde, mas o que ficará para sempre foi mais uma presepada de Nigel Mansel. Sempre ele...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Rancoso (II)

A cada dia que passa, Rubens Barrichello vai passando a imagem de recalcado e que só está na Indy para não ficar parado. De que ama correr, ninguém duvida isso de Barrichello. De que queria estar na F1, mesmo aos 40 anos e ninguém mais o querendo, isso também está claro, mas suas declarações à imprensa (o seu eterno calcanhar de Aquiles) soam cada dia mais tristes.

Nesta semana, Barrichello chegou a declarar que seu coração sangra por ver a Williams tão bem e ele de fora da equipe. Também falou que faria muito bem como tutor a Maldonado, Bruno Senna e Bottas (se esquecendo que uma equipe de F1 só cabem dois pilotos...) dentro da Williams e que ainda pensa em retornar a F1 num futuro próximo. Após suas críticas a Schumacher no dia em que completou dez anos em que entregou a vitória para o alemão na Áustria/02, Barrichello demonstrou ser uma pessoa rancorosa e a forma como critica a Indy e sua equipe realça a sensação de melancolia de Rubens.

O brasileiro saiu da F1 como uma pessoa querida, que tinha feito muita coisa na categoria, mas seu momento pós-F1 está se tornando ridículo. A forma como suplica para voltar a F1 soa humilhante, o jeito em que bate na Indy (carros, pistas e demais pilotos) mostra recalque e rancor.

Calma Rubinho...

Rancoroso (I)

Quando um piloto está prestes a se aposentar, ele normalmente fica mais relaxado e sociável, tendendo a relevar alguns aborrecimentos e exaltar as coisas boas que o fez passar tantos anos arriscando sua vida pelas pistas. Porém, esse não é o caso de Casey Stoner.

Desde que anunciou que irá se aposentar precocemente no final deste ano, o talentoso australiano da Repsol Honda se tornou uma pessoa irráscivel e extremamente chato em suas declarações, demonstrando um rancor que não deveria acontecer a um piloto tão rápido e consagrado como Stoner, mesmo ele tendo apenas dois títulos, já que dificilmente irá conquistar o terceiro esse ano.

Quando disse que iria abandonar as pistas, Stoner desancou em cima da MotoGP e sua tentativa de popularizar a categoria, dizendo que isso era uma dos principais motivos de que estava indo embora. Depois falou que não sente nada por estar passando pela última vez como piloto por vários circuitos, muitas vezes criticando acidamente os traçados por onde a MotoGP passa. Criticou forte alguns pilotos como o homem que irá substitui-lo na Honda, Marc Marquez. Hoje, criticou fortemente Valentino Rossi, seu grande rival e inimigo fora das pistas, chegando a dizer que o italiano não se esforçou na sua aventura pela Ducati e até mesmo duvidando da capacidade de Rossi!

Calma Stoner...

domingo, 12 de agosto de 2012

Che finish!

Muita gente tem muito preconceito com a Nascar, mas hoje a Stock-Car americana teve seu dia de Dijo/79 com Marcos Ambrose (9), Brad Keselowski (2) e Kyle Bush (18) na última volta da não menos mítica Watkins Glen.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mais um na briga

A Indy não vem tendo uma temporada tão equilibrada e emocionante como a F1, mas ainda assim o campeonato está chegando à sua reta final com vários pretendentes ao título de 2012. Se Mid-Ohio não trouxe uma corrida das mais empolgantes, mas compensada pela bela vista que proporciona o tradicional circuito, a vitória de Scott Dixon fez com que o neo-zelandês entrasse na briga pelo título, com apenas três corridas para o fim.

Pela segunda vez consecutiva, uma corrida da Indy foi realizada sem nenhuma bandeira amarela e, mesmo com uma reta enorme, o circuito de Mid-Ohio é de difícil ultrapassagem e a prova foi decidida basicamente nos boxes. O pole Will Power largou bem, seguido de perto por Dario Franchitti, Simon Pagenaud, Dixon e um surpreendente Sebastien Bourdais. Esses cinco pilotos dominariam a prova, mas não terminariam nessas posições. Na primeira rodada de paradas, Power e Dixon deram uma volta a mais do que os demais e com isso o piloto da Ganassi saiu do quarto para o segundo lugar, colado no australiano. Franchitti, que jogava suas últimas chances no campeonato, saiu da briga ao quebrar sua asa dianteira no pneu traseiro de James Hinchicliffe, que entrou na batalha pela vitória ao arriscar uma estratégia de três paradas.

Coincidentemente, os pits de Power e Dixon eram vizinhos e quando eles pararam quase que ao mesmo tempo pela segunda vez, a equipe Ganassi trabalhou melhor do que a Penske e Dixon partiu para sua quarta vitória nos últimos seis anos em Mid-Ohio, subindo para o quarto lugar no campeonato, mas com uma desvantagem menor que a pontuação de uma vitória. Após anos à sombra de Franchitti na Ganassi, o bicampeão Dixon retornou aos bons tempos dentro da já tradicional equipe. O segundo lugar não foi de todo mal para Power, que reassumiu a liderança do campeonato graças ao abandono de Ryan Hunter-Reay, que desde sua excelente sequencia de três vitórias, a estrela do americano se apagou e o mal final de semana de Helio Castroneves, quando sofreu um estranho acidente na sexta-feira que machucou seu pulso e depois teve que trocar o motor do seu carro.

Serão três provas em três tipos de circuitos diferentes até o final. Um circuito misto, um de rua e um oval de altíssima velocidade, com o agravante de que na volta de Fontana à Indy, a corrida será uma maratona de 500 milhas, onde tudo pode acontecer. Com quatro pilotos experientes na briga, o campeonato tende a ter uma final emocionante.  

domingo, 5 de agosto de 2012

Reconhecimento

Se há uma profissão em que não há grandes elogios entre os companheiros de ofício, são os de pilotos. Egocêntricos ao extremo, dificilmente um piloto contemporâneo elogia ao outro de forma exagerada. No máximo, dando parabéns por uma vitória ou grande exibição. Porém, as lendas são diferentes até nisso.

Neste final de semana, Sebastien Loeb conseguiu sua 73º vitória na carreira no mítico Rally da Finlândia e a sexta em 2012, fazendo-o como virtual campeão desta temporada, o nono triunfo de sua festejada carreira. O segundo colocado foi seu companheiro de equipe e algumas vezes vice campeão Mikko Hirvonen, que já poderia ter conquistado algum título, se não desse o azar de ser contemporâneo de Loeb. Falando sobre sua segunda colocação, Hirvonen praticamente se derreteu sobre seu Sebastien Loeb. 

“A segunda posição na Finlândia deixa as coisas ainda piores, mas se você faz um rali perfeito, isso não é suficiente contra Sébastien. Você tem de fazer mais, porque ele é incrível”

Não precisa dizer muita coisa a mais sobre Sebastien Loeb.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Estiloso

Num ano polarizado entre Lotus e Tyrrell, foi uma tremenda surpresa ver a Ferrari fazer uma dobradinha no Grande Prêmio da Alemanha. Contudo, a relação de Jacky Ickx e Nürburgring é antiga e sempre foi feliz, com o belga tendo algumas vitórias para contar no perigoso e rápido circuito alemão. O controvertido piloto da Ferrari adorava o perigo e era sempre contra medidas de segurança, trazendo para si muitas inimizades. Por gostar tanto do perigo, Nürburgring seguia o estilo de Ickx, que há 40 anos atrás conseguia sua última vitória na F1. Indo ao pódio, Ickx não parecia muito feliz, talvez com a sensação de ter feito nada mais do que o dever numa pista que adora. Porém, o belga tascou um óculos escuro que o deixou gay, gay...