sexta-feira, 11 de maio de 2018

Animando a corrida

O Grande Prêmio da Espanha de 1998 foi uma síntese de como eram as corridas de F1 em Barcelona na virada do milênio. Chatas. Muito chatas. Claro que Mika Hakkinen e a McLaren não acharam isso, com uma vitória dominante do finlandês, retornando às vitórias após duas corridas bem apagadas em Buenos Aires e Ímola, enquanto a McLaren vibrava com a dobradinha e Schumacher ficou todo por ali com o terceiro lugar. Foi uma corrida totalmente sem graça e definida desde que as McLarens começaram a pontear os primeiros treinos livres. Mesmo tendo uma reta enorme, Barcelona nunca foi um lugar fácil de ultrapassar, mesmo após muitas tentativas dos pilotos.

Giancarlo Fisichella lutava com Eddie Irvine pelo quarto lugar. Na verdade, essa era a única briga real por posição de uma corrida-procissão. Após muito perseguir o irlandês, Fisichella se impacientou na volta 28 e  colocou de lado ao final da reta dos boxes. O toque foi inevitável. Irritado, Fisichella foi pra cima de Irvine, que se mostrou frio ao não devolver os dedos em riste do italiano. Mesmo considerado um rebelde, Irvine parece nunca ter sido bom de briga, vide os sopapos levados cinco anos antes por Senna. 

Foi, definitivamente, o melhor momento do Grande Prêmio da Espanha de vinte anos atrás.




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